A enfermeira Camilla Correa Alves de Moura Araújo dos Santos, de 22
anos, acusada de espancar até a morte um cachorro da raça yorkshire, continua vivenddo em local mantido em sigilo pela polícia. A
informação foi dada ontem pelo delegado Carlos Firmino Dantas, da 1.ª
Delegacia de Formosa, a 275 km de Goiânia, onde ocorreu o crime.
"Ela foi ouvida e seu depoimento foi importante para a conclusão
do inquérito", disse o delegado. "Como ela está na cidade,se necessário for, vamos ouvi-la
no local onde se encontra." Camilla vem recebendo ameaças de morte
pelas redes sociais depois que imagens mostrando a agressão contra o
cachorro, na frente da filha de 1 ano e meio, foram divulgadas na
internet.
De acordo com a polícia, a enfermeira está reclusa, abatida, sob
escolta policial e com a filha e o marido, um clínico-geral que trabalha
no Programa de Saúde da Família. A família deixou no mes de novembro passado o
apartamento onde mora, no bairro Formosinha, e vive em um local próximo.
"Eles ainda estão sob escolta policial", disse Gilson Afonso Saad, advogado
que defende Camilla.
O mais difícil, segundo o advogado, são as ameaças diárias por meio
de redes sociais. As muitas mensagens levaram a polícia a também
rastrear informações sobre o caso via Twitter e e-mail. "Camila não tem
conta no Facebook nem no Twitter, mas alguém criou uma conta com o nome
dela, afirmando não estar nem aí com as consequências do caso", disse
Saad.
Segundo o delegado, um homem identificado como C.R.M. fez a gravação e
entregou um CD com as imagens para a polícia, que teria recebido o
material em 14 de novembro. "Ele nos disse que passava alguns dias na
casa de parentes e resolveu filmar a agressão", disse o delegado Dantas.
O homem também será ouvido pela polícia. Sua família, que é vizinha de
Camilla, mudou domingo à tarde.
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